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O primeiro...

por FS, em 30.10.15

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...de muitos que te dei, foi neste dia...

E sabes uma coisa? Voltava a perder a vergonha na cara e a fazê-lo outra vez...

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Maldição de dia das bruxas...

por FS, em 30.10.15

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(image by Magog64)

 

O Halloween é apenas mais uma data que marca a vida dos novos pais: mais uma data em que temos de andar a fazer projectos e disfarces para a escola dos filhos!! É a velha história das escolas acharem que os pais não têm muito para fazer...


Eu, como deixo sempre tudo para a última hora, deparei-me com a necessidade de, depois de ir buscar a R e o S às respectivas escolas, ter de ir desencantar (o mais correcto é "desembruxar") um disfarce de gato preto para o S! Ao menos isso: não era bruxa nem morcego, era algo um pouco mais original... Mas a originalidade do tema também implica mais trabalho e imaginação, e revela-se uma dor de cabeça quando não se tem mais do que hora e meia para fazer a tarefa, e se tem 2 filhos eléctricos a dizer a cada 5 minutos que têm fome e que querem ir para casa.


A primeira reacção é rogar uma praga aos professores (bem a propósito do tema) e pensar que no meu tempo não havia destas modernices do dia das bruxas... Íamos ao "pão por Deus" (os "bolinhos e bolinhós" mais a norte do país), quando muito, no Dia de Todos os Santos.


Depois, o desespero toma posse quando me apercebo de que não consigo encontrar as coisas ideais para a máscara que tinha idealizado. E aí entra a auto-punição com o "mas porque é que não trataste disto mais cedo?"... E é simples, a resposta: eu sou assim! E pior, nunca me dei muito mal em ser assim!


Corro para a garagem (a antecâmara do lixo, lá em casa... Uma espécie de sítio onde as coisas usadas ficam a maturar antes de definitivamente as pôr no ecoponto onde as dar alguém!) e abro os caixotes com máscaras de Carnaval e restos de projectos antigos! É nesta altura que se apodera de mim um certo gozo muito familiar... E é estranho. Foram muitos anos a fazer isto nos baús velhos em casa dos meus pais por alturas do Carnaval (sim, eu brinco ao Carnaval... É cultural na minha cidade natal, e estamos habituados a isso desde tenra idade). Todo processo me dá uma certa alegria e tranquilidade.
Um velho colete felpudo a imitar pêlo (será uma espécie de gato persa preto...! He he he!) vai dar volume ao gato... Umas velhas orelhas de Minie que serviram à irmã, cosidas em forma de orelha de gato... As leggings pretas compradas a 2 euros na loja, meia hora antes... Umas costuras aqui e ali para dar um ar mais arranjado... Ao fim de 10 minutos está tudo pronto!

 


E lá foi ele hoje, todo contente... E eu também fiquei, claro... E fiquei também a pensar de que nada valeu o desespero do dia anterior... Não era a máscara perfeita, pois não, mas era a máscara dele, feita em casa...


E não, eu não tinha tempo nem paciência... Ou pensava eu... No final até parece que tinha e soube-me bem gastá-lo neste troço da viagem...

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Artesanal with a twist

por FS, em 23.10.15

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    (foto tirada do site de The Cork Art)

 

Há mais de 25 anos que comprei o meu primeiro par. Descobri-as no mercado mensal da minha (rural) cidade natal e adorei-as. Um par número 46, feito por encomenda e não reclamado por quem as encomendou. Do mais rústico que se pode encontrar, com a sola feita de borracha de pneu reutilizada (já havia quem fosse ecologista nos finais dos anos 80, inícios dos anos 90).

 

No liceu eu era conhecido como o "gajo com botas de lavrador e atacadores encarnados", e nada assentava melhor com a (muito grunge) camisa aos quadrados. Ainda hoje tenho um par, bem ensebado, ao qual dou bastante uso, agora com calças bejes e camisa de marca (afinal tenho 40 anos e uma imagem de respeito a transmitir). São confortáveis, aconchegam os pés, óptimas companheiras para caminhadas no campo e são à prova de (quase) todas as intempéries do Outono e Inverno.

 

Há tempos descobri, para meu agrado, que duas empresas portuguesas lhes deram um twist e a as tornaram ainda mais actuais. Há para todos os gostos: para menina ou para menino, mais simples ou mais elaboradas, mais discretas ou mais ousadas. Mas acima de tudo, adoro quando se pega no tradicional e se dá nova alma.

 

Para quem quiser conhecer melhor a Green Boots e a The Cork Art...

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   (fotos tiradas do site de The Cork Art)

 

 

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         (foto tirada do site de Green Boots)

 

 

 

 

 

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E eu fui votar para quê?...

por FS, em 19.10.15

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Com todo o respeito para o Senhor Hondt, e pelo trabalho que desenvolveu no final do século XIX, algo está errado neste sistema.

Pode muito bem ter sido uma inovação à época, numa altura em que as monarquias constitucionais e as jovens repúblicas floresciam por essa Europa fora, mas o mundo entretanto mudou. Mudou o bastante para, não sendo matemático, ficar escandalizado com o facto de 14% das pessoas que se deslocaram às urnas poderem não o ter feito que o resultado era "igual ao litro".

Não me faz sentido... Não me faz sentido nenhum que haja uma forma instituída de "manipular" os votos das pessoas, uma forma de manipular uma das únicas armas democráticas que temos.

 

Para quem quiser ler a notícia com os números...

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Projecto deste fim-de-semana

por FS, em 18.10.15

Ora, num fim-de-semana chuvoso nada melhor do que fazer um projecto manual com os miúdos...

Pegámos em parte de uma árvore caída, fomos para o atelier (é assim que gosto de chamar à garagem) e fizemos isto: um bengaleiro para o quarto da R!

 

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Fim de capítulo...

por FS, em 15.10.15

Chegou o momento de ir à procura de outras paragens. Ponho fim aos dezassete anos desta relação profissional, a minha primeira, e parto para outra aventura.

Aprendi muito, e cresci ainda mais, como profissional e como homem. O que sou hoje, o melhor e o pior de mim como pessoa, também foi moldado no ambiente onde trabalhei estes anos.

Aos meus chefes, agradeço o que me ensinaram e os momentos de incentivo (positivo e negativo) que cederam e me endereçaram. Gostava que soubessem que sempre me empenhei ao máximo em tudo o que fiz. Se em certos momentos questionei as decisões, foi sempre por considerar que a minha opinião era pertinente e para termos, todos, a certeza que o caminho a seguir era o melhor para a empresa. Mas depois de escolhido o caminho, percorri-o sempre com todo o empenho.

 

Aos que trabalharam à minha responsabilidade, em primeiro lugar agradeço-vos a vossa lealdade e dedicação. Tentei lidar convosco com a maior abertura, sinceridade e lealdade. Tentei sempre partilhar convosco tudo aquilo que sabia e explicar-vos o porquê das coisas que fizemos. Sempre acreditei que o "compreender" seria muito melhor do que o "obedecer", tanto para vocês, pois cresceriam também com isso, como para mim, pois é mais fácil trabalharmos em equipa partilhando o conhecimento. Em cada jornada ao vosso lado tentei que se inspirassem no que fazemos e que procurassem experimentar e descobrir coisas novas. E a maior parte de vocês retribuiu e fez-me aprender imenso. Mostraram-me coisas novas e ensinaram-me novas formas de trabalhar, de sentir e de estar a nossa profissão. Fizeram-me maior e tornaram-me mais rico. Sempre acreditei que vocês são os melhores e são capazes de tudo. A minha função prioritária foi dar-vos as condições e o apoio para o vosso sucesso.  E acreditem que senti cada um dos vossos momentos de vitória e de derrota como se fosse meu. Espero que se tenham apercebido disso... ou então terei falhado redondamente.

 

Aos (poucos, mas bons) amigos que deixo, que começaram por ser apenas colegas e "irmãos de armas", vocês são o melhor grupo de profissionais que conheço. Há, entre vós, abertura de espírito para debater e discutir opções, falhas e melhorias. Não apertam, nunca. E no fim, riam-se de tudo, porque essas vossas qualidades fazem de vocês um grupo imbatível...

 

Obrigado por tudo e... até um dia.

 

(Isto foi só um "ensaio de alma"... Mas um dia será a sério e escreverei estas linhas. É mais uma vez, irei crescer...)

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Carta a Garcia (versão revista)

por FS, em 14.10.15

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Deve ser uma das parábolas preferidas dos chefes e dos muitos profetas/pregadores da motivação no trabalho que proliferam por aí: a "Carta a Garcia".

Para quem não a conhece, resumo aqui. Durante a guerra Hispano-Americana, o presidente McKinley incumbiu um tenente norte-americano, de seu nome Rowan, de entregar uma mensagem ao líder rebelde cubano, o tal do Garcia. Ora, conta a história escrita Elbert Hubbard, que parece que o tenente Rowan nem perguntou onde nem como podia encontrar o destinatário da carta, tendo pura e simplesmente metido pés ao caminho e, sem colocar entraves e criar dificuldades à sua tarefa, entregue a missiva. Um verdadeiro exemplo de proactividade, abnegação em prol da tarefa e de "fazer parte da solução e não do problema".

Até aqui tudo muito bem. Eu aceito e concordo. A maior parte das vezes as dificuldades estão na nossa cabeça, e as que não estão só na nossa cabeça não são ultrapassadas se não tentarmos.

 

Agora a parte que eu não compreendo, ou pelo menos questiono é: será que o presidente McKinley perguntou ao Tenente Rowan, depois deste ter entregue a carta, se ele tinha ido por Havana, Santiago de Cuba ou mesmo se tinha ido a banhos em Varadero? Duvido que o tenha feito... Se houvesse alguma especificidade em relação à entrega deveria ter sido dita, não? "Ó Sô Tenente, não vá a Havana e evite os Mojitos de Varadero!", por exemplo...

Se assim é, porque é que a maior parte dos chefes e gestores (que tanto gostam desta história para motivar as suas equipas) deste país têm de opinar sempre em relação à forma como nós entregámos a carta ao Sô Garcia?! Há sempre qualquer coisa que nós, pequenos Rowans, não fizemos bem. Não estavam lá para avaliar a situação é tomar uma decisão, pois não? Resolvemos a coisa da forma que considerámos melhor. Não fizemos as coisas como o chefe faria? Não, não fizemos... Porque cada um de nós é diferente e avalia as situações de forma diferente. Mesmo entre nós, meros serviçais, quem é que as faria exactamente de forma igual à do "colega lacaio? Provavelmente ninguém... Haveria sempre algo diferente. Mas o que interessa isso? A carta não foi entregue? Se o chefe quer eficiência na entrega, isso é diferente, chefe... Para isso preciso de diálogo e de recursos para planear.

Para a próxima mandem-lhe um e-mail, porra...

 

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Pai (in)disponível

por FS, em 13.10.15

Há coisas que não mudam por decreto, e a mentalidade das pessoas é uma delas.

Ser pai e mãe terá sempre um preço a pagar na vida profissional. E desenganem-se aqueles que acham que só acontece às mulheres. Também nos acontece a nós homens.

E aos homens que não acontece isto é porque, das duas, uma: ou têm um óptimo chefe/patrão; ou são daqueles que "ajudam imenso" e não dos que "dividem as responsabilidades".

 

No caso das mulheres é logo assumido que vão ter menor disponibilidade, mesmo depois da licença de maternidade. Não há qualquer tipo de abébia nesse campo para as mulheres, e a reacção é imediata.

No caso dos homens o processo é um pouco mais demorado. As chefias assumem que a paternidade não nos altera a disponibilidade até ao dia em que surge a primeira doença do petiz e calha-nos a vez de ficarmos em casa. E depois começam a reparar que nós até os vamos levar ou buscar à escola, pasme-se! Que "perdemos" tempo com essas coisas "de mãe"...

E nós vamos tentando compensar essa nossa "falta de disponibilidade" com aquilo que a vida e a idade nos vão dando: experiência e sapiência! Vamos tentando sobreviver e desenvolvemos outras armas para nos sentirmos menos "outsiders"... 

 

Foi uma opção que tive de tomar na vida quando os meus filhos nasceram: quero estar presente e ser parte do seu crescimento.

E se calhar outras mais terei de tomar...

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O génio humano

por FS, em 08.10.15

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Tem de tudo, o génio humano.

Tanto nos dá para matar vidas aos milhares como para as salvar, ainda que sempre a um ritmo inferior do que a primeira opção (mas isso é sempre assim, destruir alguma coisa é sempre mais rápido do que a construir).

Ainda assim, há almas neste mundo que dedicam a sua existência a descobrir formas de tornar a vida em si melhor (mesmo que nalguns casos não haja assim tanto altruísmo envolvido como motor, eu sei). Não são mediáticos, e a maioria termina a sua vida apenas reconhecido pelos pares, sem verem reconhecido o valor das suas descobertas e invenções, que nos mudam (para melhor) a vida quotidiana. E estamos rodeados pelo resultado do seu génio nos pequenos gestos e rotinas do dia-a-dia. Mas nem pensamos neles e já damos tudo (ou quase tudo) como garantido. Não imaginamos o trabalho que tiveram e as provações (materiais, físicas e emocionais) pelas quais passaram.

A todos os investigadores deste mundo que tornam a nossa vida melhor a cada dia que passa...

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E só para terminar os meus breves posts políticos, aqui fica uma pequena ferroada mais à direita:

Não gostei do pormenor d'A Portuguesa no final da conferência de imprensa da vitória.

 

Eu gosto do nosso hino nacional, e até o sei na sua versão integral (o "Desfralda a invicta bandeira, a luz viva do teu céu..."), mas cantá-lo no final da conferência de imprensa?! O hino é um símbolo de união, eu sei, mas unidos pelo país estamos todos, pelo menos os que se deram ao trabalho de ir votar, da esquerda à direita, inclusivé nós os gambuzinos!

 

Soou-me um pouco a Estado Novo e ao "Tudo pela Nação, Nada contra a Nação"... Até esteticamente parecia fascizóide, com as vozes de um coro masculino composto apenas (ou maioritariamente) por tenores... Foi um pouco too much...

 

Como dizia o meu pai: dignos na derrota e humildes na vitória!

(Post Scriptum - excepto quando o meu Sporting ganha, altura em que exarcebo na comemoração por serem tão poucas as oportunidades de o fazer...)

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