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Noutros tempos, os meus pais ensinaram-me que se encontrasse algum objecto perdido o devia entregar às autoridades, nomeadamente à polícia. E na altura, nas décadas de 70 e 80, os policias, homens grandes (principalmente no abdómen) e de faces rosadas (provavelmente do sol que apanhavam no "giro", digo eu na minha inocência provinciana), pegavam naquilo, davam-nos um afável calduço e diziam "muito bem, rapaz! Assim é que é!"
E a coisa era frequente, pois o mais comum era um de nós esquecer-se da mochila algures durante o regresso da escola, principalmente se jogassemos à bola num qualquer "quintal" a caminho de casa.
E os colegas que moravam fora da cidade? Quantas mochilas seguiram calmamente nos transportes escolares até às aldeias vizinhas? Perde-se a conta...
Mas hoje em dia, por ser sintoma de grande urbe ou por mania de nos sentirmos dignos de uma ataque do Daesh (que eu duvido até que os senhores do Estado Islâmico saibam onde fica Sete Rios e da sua real importância geoestratégica para o mundo cristão), esquecer uma mochila dá direito a parafernália das minas e armadilhas da PSP...
Eu prezo a segurança como qualquer outra pessoa, mas se isto pega moda, a "diversão" da idade do armário vai deixar de ser ligar para o 112 ou para as "praças de táxis", e passar a ser deixar mochilas com carcteres islâmicos espalhadas pela urbe... ;)