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Deu-me para isto... Deve ser do gin... Ou da saudade... Ou de ambas! (Vejam bem os vestidos das meninas do coro... Era o que se usava nos anos 80, sim... ;) )
Li aqui, há uns tempos, um post muito interessante acerca da "ajuda" do pai nas tarefas e responsabilidades da casa e da família (devia ter adicionado aos favoritos, mas não o fiz por preguiça... Agora, lamentavelmente, não consigo deixar aqui o link...). Mas resumidamente refutava o conceito de "ajuda" por parte do homem, remetendo para aquilo que deve acontecer, que é a partilha e a divisão de tarefas entre ambos.
Não podia concordar mais! Concordo e sou praticante devoto dessa maneira de estar. E não é por nenhuma questão em concreto... É só porque assim é que deve ser numa sociedade que se quer democrática e igualitária entre pessoas, mais do que entre homens e mulheres! Sim, porque o mesmo princípio vale para os casais homossexuais... Vale para todas as relações entre pessoas!
Mas para não fugir ao que quero dizer neste post, volto aos casais heterossexuais, que é a minha experiência. Assusta-me que este nosso (dos homens) comportamento tendencialmente machista (conceito diferente do de "masculino" - não confundir as coisas, por favor) se perpetue no tempo, e se mantenha vigente no nosso século.
Quando era era adolescente, no século passado (porra que estou a ficar velho), já este machismo me incomodava, provavelmente porque ter sido criado por 2 mulheres, por partida prematura de pai (e o que sou hoje devo-o a ambas, a mãe e a irmã, esta última 7 anos mais velha do que eu), mas pensei que se desvanescesse e desaparecesse com as novas gerações. Mas, para meu pasmo, não. No caso extremo (mas que no meu ponto de vista revela a existência - ou mesmo abundância - de comportamentos machistas "mais leves", já que quem faz o mais "grave", faz concerteza o mais "leve"), quando vemos estatísticas em relação à violência dentro das relações, apercebemo-nos que a percentagem de casos é elevadíssima, e que começa muito cedo!
Eu, pessoalmente, fico chocado com isto: como é que um miúdo com 15 ou 16 anos se sente no direito de agredir, física ou psicologicamente, a pessoa que diz amar! Ou seja, a "coisa" começa cedo, e em jeito de conclusão deste parágrafo, parece que socialmente não estamos a conseguir "resolver" esta questão! (E como aviso para os pretendentes ao amor da minha filha R: sofrerás em dobro pelas minhas próprias mãos aquilo que lhe fizeres! Nem que eu esteja já a cair da tripeça ou de cadeira de rodas! Ouviste???)
E cheguei ao ponto que queria: os paizinhos dos meninos, os futuros homens e mulheres, e a educação, exemplos e valores que lhes transmitem!
O post que referi ao início fala de homens e mulheres crescidos, adultos, mas como diz o povo "ramo que nasce torto, tarde ou nunca se endireita"! Não será bem assim, é certo, mas quanto mais tarde mais difícil será de endireitar. Por isso, e na minha humilde opinião, os exemplos que damos em casa são fundamentais para educar na partilha e no respeito mútuo, independentemente do género, da idade e relação social.
E penso que os "pecados originais" nesta questão não são difíceis de corrigir.
Ao pai cumpre assumir o seu papel com orgulho, obrigando o seu "macho" mais novo a perceber que viver em comunidade (leia-se família) tem direitos e obrigações com peso igual para todas as partes! Às vossas pequenas "princesas" dêm o exemplo do que é amar em plenitude de partilha. Que há homens que amam envolver-se nas pequenas rotinas chatas da sua "tribo", e que acham que esse seu envolvimento é fundamental. E que esses mesmos homens, apesar de lavarem a louça, cozinharem, fazerem camas, levarem os filhos à escola e não faltarem às actividades da escola, são fortes, másculos e sensuais.
Às mães cumpre... porra, cumpre não estragarem os filhos rapazes com mimos, fazendo-lhes todas as vontadinhas só porque são os seus meninos queridos! Façam aos vossos filhos aquilo que gostavam que as vossas sogras tivessem feito aos vossos maridos e/ou companheiros!!! Acabar com este ciclo depende muito de vocês mulheres-mães!!! E às vossas filhas, mostrem que o maior amor da vida é aquele que partilha o bom e o mau (ou menos bom) da vida... E que isso é que é um Homem... E que elas, como mulheres e pessoas, não se podem contentar com nada menos do que isso...
Apre, tenho dito... (E que a vida me dê forças para cumprir estas minhas palavras...)
Noite temática: Japão
A preparar o sushi e o sashimi para o jantar... mas com um toque culto: ao som de Ryuichi Sakamoto
Mais logo, só porque envolve sabres e dá para entrar na temática, ainda vai ser projectado o primeiro volume de Kill Bill...
Não "uso", mas gosto de tatuagens.
Não uso porque quando tinha idade para as fazer não tive coragem, e agora é tarde. Mas gosto das origens e da evolução da tatuagem, e acho que é uma forma de arte (se bem que também pense que, como tudo na vida, quando em demasia já perde toda a piada).
Mas tenho sempre este dilema: fico a olhar, a apreciar e tentar entender o desenho, mesmo que seja mal interpretado? Neste preciso momento está uma miúda (ainda por cima giríssima) com uma tatuagem na parte frontal da coxa que me parece interessante... E digo "parece" porque não consigo fixar o olhar na dita tatuagem! Não irá ela levar como um olhar atrevido?
Devo chegar ao pé dela e assumir "desculpe, mas não estava a apreciar a sensualidade da sua coxa, nesse tom de pele bronzeado. O que eu estava a fazer era a ver o traço do desenho e a tentar identificar as influências étnicas da sua lindíssima tatuagem!"
...umas aulinhas de português, com ou sem o novo acordo ortográfico, tanto faz!
Uma espécie de escrita à Saramago, com uma pontuação escassa, mas com o sal dos erros ortográficos...
Dissecando a caisa, saliento estes pontos:
Fico na dúvida se ela quer dizer "eleijo as minhas colaboradoras" ou "aleijo as minhas colaboradoras"... ainda assim, qualquer uma das opções é assustadora!
Também "há" qualquer coisa no último parágrafo, mas que não diz o que é...
Gosto da cedilha do "c", não vá alguém ainda assim ler "prequiso" e não se entender a mensagem...
Não podia faltar o "deia", esse clássico da conjugação do verbo "dar" (para quem não sabe, que eu deia, que tu deias, que ele deia, que nós deiamos, que vós deieis, que eles deiam)...
A ideia de "estar contactada" é demasiado inovadora para mim, confesso... Presumo que seja a fusão da necessidade de estar contactável com a satisfação dessa mesma necessidade, o ser contactada, levando-nos ainda a frase para um universo em que ambas estão conectadas (pelo telemóvel cujo número elas vão deiar uma à outra)...
Lindo...
Saíram todos de casa para férias e eu fiquei na capital da província, sozinho, para mais semana e meia de trabalho.
Estará montado o cenário para um remake desta comédia clássica? Não me parece, que ninguém se mudou para o prédio recentemente e a única pessoa que me podia "atentar" mora longe (não fiquem escandalizados, que todos temos - nem que seja uma vez na vida - alguém que mexe connosco e nos faz questionar tudo, e também eu sou só humano!)
Mas paralelismo cinéfilos à parte, o que interessa é que um rol de coisas a fazer já invade a minha mente. Na sua maioria banalidades dos tempos de solteiro já emancipado: meio litro de gelado depois da pizza, enquanto se vê um bom filme de terror ou de zombies; horas de jogatana online; imperiais, moelas e imperiais depois do trabalho; um gin ao pôr do sol...
Só falta saber se uma semana dá para isso tudo... Mas eu vou dando notícias!