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A co-adopção

por FS, em 21.11.15

Sou de centro-direita, o que nos dias de hoje é quase como dizer que se pertence ao Estado Islâmico... Mas sou (desse quadrante político e não do Daesh)!

Apesar da frase anterior, acho que ontem foi um dia importantíssimo para a sociedade portuguesa: foi aprovada na Assembleia da República a co-adopção por casais do mesmo sexo!

Os pais não se dividem entre heterossexuais e homossexuais, dividem-se entre quem é capaz de amar e quem não é! Apetece-me dizer mais acerca disto, mas na minha cabeça tudo isto faz tanto sentido e é tão óbvio, que fico a pensar: para quê argumentar mais?

 

Foi feita justiça ao amor, ontem...

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6 comentários

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Andy Bloig a 21.11.2015

Já podia ter sido validada se o partido que agora reclama, tivesse permitido a votação tal e qual como aconteceu ontem. Pois existiram 20 e poucas declarações de voto da bancada do PSD. Se tivessem liberdade de voto, tinham permitido a legislação.

Na altura só mesmo a ideia da impossibilidade de duas mães ou dois pais poderem criar uma criança é que impedia isso de acontecer. (aquela ideia, passada pelo CDS, que qualquer criança criada por pais homossexuais será homossexual assim que atingir a maioridade...)

É engraçado é que esses partidos tem essas ideias mas, agora, andam a preparar um projecto de lei para que a idade de votação passe a ser aos 16 anos de idade.

(o pessoal de "centro-direita" é que se anda a declarar assim... ainda ontem tivemos um primeiro ministro a dizer que irá votar contra todas as leis europeias, caso outra bancada seja convidada a formar governo, o que será engraçado de ver, quando os dois partidos votarem contra a legislação proveniente da UE... tendo sido eles a levar os projectos ao parlamento e comissão europeia.)
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FS a 21.11.2015

É tudo bem verdade, Andy...
E as declarações do deputado Anacoreta Correia acerca da concepção... Tristes! Lamentáveis!
Mas não é por não me rever nos partidos e actuais políticos do "centro" e da "direita" que vou mudar a minha forma de ver o mundo... Faz-me é acreditar ainda mais que é preciso uma revisão constitucional e do sistema eleitoral, não porque o meu quadrante político não formou governo, mas sim porque é preciso aproximar o poder dos cidadãos. Se assim fosse, acredite que os eleitores do "centro-direita" já tinham obrigado os seus representantes a aprovar a co-adopção... Políticas à parte, pessoas são pessoas e têm todas os mesmos direitos...
Um abraço
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Andy Bloig a 21.11.2015

O que ainda me assusta é que a maioria (para não dizer a grandiosa maioria) dos eleitores nem sabiam que votavam em listas de pessoas que seriam eleitas para a Assembleia.
99% das discussões entre dia 5 a dia 20 tiveram isso como razão. O pessoal de direita a afirmar que tinham eleito um governo e o outro estava a tentar um golpe de estado ilegal.

Não é preciso mudar de ideias. Cada pessoas simpatiza mais com uma coisa daqui outra dali (se seguisses a doutrina de direita, cegamente, nunca irias aceitar que isto tivesse sido votado... não o fazes), por isso é que quando tem mais alguma coisa, votam neste ou naquele partido.

O maior problema é que passámos 34 anos com governo a rodar entre 2 partidos (com o ajudante extra que é o partido mais rico do país) que se esqueceram que existem mais partidos. Que não existem só 3 grupos parlamentares na Assembleia. Falta-nos esse ponto. Os governos de minoria tinham um apoio, não declarado, do adversário que, basicamente, deixava o país a arder em fogo lento para, a qualquer momento, puxar o tapete.

Uma coisa é que passa que os de direita deviam falar: é que o PCP e o BE mudaram de estilo foi em 2011... quando votaram, com a direita, contra o PEC IV. Nessa altura, não ouvi ninguém dos 2 partidos a dizer que era esquisito ver os "inimigos" a votar a favor deles.

Agradeço lembrares-me o nome da pessoa que falou "demasiado" sobre o assunto, já não me lembrava do nome.
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FS a 22.11.2015

Caro Andy,
Isto era suposto ser um post sobre o direito à igualdade, independentemente da orientação sexual, e não sobre direita e esquerda... He he he! Mas como sua Excelência o Senhor Presidente da República não se digna decidir, tudo neste país se vai resumindo a clivagens políticas e a contar espingardas, em vez de se debater e ir ao essencial: o bem estar e o futuro dos portugueses.
E isso de "ser" de um partido sempre me irritou profundamente... Parece uma espécie de "clubismo político"... E eu só aceito esse dogma em termos desportivos: nasce-se e morre-se de um clube! E nisso gosto do futebol, porque quando vou a Alvalade vejo Jaime Neves ao lado de Santana Lopes, unidos e a sofrer pelo mesmo! He he he!
Um abraço e muito obrigado pelos comentários!
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Andy Bloig a 22.11.2015

Tens razão... Só que essa igualdade só não ainda está na nossa legislação, porque um dos lados não quis.
Ver se é desta que se resolve essa situação (só foi dado o primeiro passo, falta o resto da legislação ser aprovada nas comissões, para ser enviada ao presidente para promulgar).

No mesmo dia desta decisão, não concordei com outra que foi votada: a retirada da taxa moderadora no Aborto por opção.
É algo que não entendo. Se nós cairmos no passeio e temos de ir ao centro de saúde levar 2 ou 3 pontos e tomar um comprimido, temos de pagar a taxa. Se alguém opta por um serviço médico, é isento em qualquer caso? Acaba por ir contra a igualdade de situações médicas.
É um dos ditames que acontecem em que nenhum lado tem a razão toda... é preciso puxar uma peça de um lado e outra de outro.

O Presidente está a aproveitar os últimos 4 meses lá da casa para receber visitas de toda a gente. Lembras-te que ele disse que mal conseguia pagar as contas com a reforma que tinha?
Assim que sair dali, não pode estar a receber tanta gente em casa dele... está a aproveitar o tempo que o cargo lhe oferece.
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FS a 22.11.2015

Sim, essa da isenção da taxa moderadora é ilógica...
Estás a ver como afinal não estamos tão discordantes assim? He he he!
Não são os portugueses que estão divididos, os políticos é que nos dividem! He he he!

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