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Ontem a minha alma gémea contou-me que uma ex-colega está grávida. E passou-se um fenómeno estranho em mim: ao mesmo tempo que escrevia uma mensagem no telefone a dizer "boa notícia, que máximo", a minha cabeça pensava "pobres coitados, dEUS vos valha!" O primeiro ponto a salientar aqui é que nós homens, ao contrário do que dizem os mitos urbanos, conseguimos desempenhar duas tarefas em simultâneo, no caso em apreço, pensar uma coisa e escrever outra! Et lasse! Mas adiante! Ora, isto é uma daquelas coisas que não se diz, nem sei se se "pode" pensar, segundo reza o senso comum. Mas eu escrevo aqui, e sem medos! A gravidez, e consequente maternidade e paternidade, são coisas tramadas e traiçoeiras! Acho que ninguém está devidamente preparado para tal mudança. E podem dizer "mas isso é lógico". Mas então porque é que se fala tão pouco disso e, esse pouco que se fala, são só coisas boas?! É para não assustar os candidatos a pais? É para evitar que as pessoas se deixem de reproduzir? Só depois do nascimento da minha filha é que alguns se começaram a "descoser". E primeiro foram as mães com as queixas das noites mal dormidas, dos horrores da amamentação e dos desequilíbrios hormonais (a hipersensibilidade, etc). Uns meses depois, e com a nossa relação amorosa afectada, e completamente a "apanhar bonés", vêm os outros desabafos acerca do que este "estado de graça" acarreta na vida do casal... Ouçam lá uma coisa, isto não faz sentido: a criança vem ao mundo fruto da relação amorosa entre duas pessoas, e a primeira coisa que faz é abalroar essa mesma relação?! Na minha terra isso chama-se ingratidão! Por isto tudo, senti empatia por aquele casal e pensei "aguentem-se e não se esqueçam que vocês já existiam antes do pingente, se não..." (PS - e eu já volto a este tema... Tenho é de ir buscar o meu mais novo à escola... :/)