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"Tem sido dito que a diferença entre os discursos de Hitler e de Churchill residia no facto de Hitler conseguir fazer acreditar que ele era capaz fazer tudo, enquanto Churchill fazia acreditar que cada um seria capaz de fazer o que quisesse." (tradução livre da minha autoria - como dá para perceber... - de excerto do livro The Churchill factor, de Boris Johnson)
Parece a história do ovo de Colombo, e é bem verdade... Todos nós temos chefes e aposto que a maioria gostaria que o respectivo fosse, pelo menos no discurso, como Winston Churchill. Mas não são...
De uma forma geral (vá, e da realidade que eu conheço - mas que também não deixa de ser uma amostra considerável), o que temos são pequenos Hitlers de trazer por casa, que nos transmitem sempre a ideia de que "se não fossem eles, as coisas corriam mal". Ora, digam-me lá, isto é motivador? Não, não é... E não percebo esta atitude. É melhor termos uma só pessoa que resolve todos os problemas ou motivar e criar dezenas de pessoas que efectivamente conseguem resolver os seus problemas.
Custa muito dizer "sim, isso é difícil de resolver mas você é a pessoa certa para o fazer"? E acrescentar um "se tiver alguma dúvida. ou precisar de algum conselho, estou aqui para ajudar". Claro que ninguém vai a fazer a coisa como o chefe a faria, mas não somos todos iguais, diabos...
Custa muito tentar fazer os outros crescerem como pessoas e como profissionais? Ouçam, chefes deste país, eles (os seres que vos servem) não vos vão comer quando crescerem... vão somente agradecer-vos os incentivos e admirar-vos.
Corram o risco de serem "inúteis" dentro da vossa organização, de não serem precisos, chefes (e eu acredito que é esse o seu verdadeiro receio, de se sentirem ou se "tornarem" desnecessários... é humano)! Se o conseguirem fazer é porque foram bons a formar, a liderar e a motivar a equipa!
O melhor sintoma do vosso bom trabalho, chefes, é "não terem trabalho"! E porquê? Porque conseguiram que a "máquina" entrasse numa auto-gestão saudável, motivada, ciente das suas capacidades (e também das suas fraquezas, claro) e baseada no respeito mútuo!
Et lasse...