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Daylight-Saving-Time-2017-Clocks-Change.jpg

 

Já não tenho paciência, confesso... Mais uma vez, com a chegada do Outono/Inverno, vem a mudança da hora legal e, com as novas tecnologias e as redes sociais, chovem os apelos e petições para acabar com isto...
Os argumentos variam:


#1 - Os economistas teóricos que argumentam que a ideia inicial vem do século XVIII ou XIX (uns atribuem ideia original a Benjamin Franklin e outros a George Hudson) e que a questão da necessidade da poupança de energia já está desactualizada;


#2 - As donas de casa que já não têm pachorra para fazer a lida doméstica sem luz natural, depois do trabalho;


#3 - Os que não gostam de sair do trabalho de noite porque o acham deprimente;


#4 - Os pais que não gostam que os filhos saiam da escola de noite;


#5 - Outros incorformados, com várias sustentações mais ou menos empíricas...


E não sei o que me irrita mais, se a discussão do assunto, as argumentações ou o número de petições online (experimentem a pesquisar no google e vão ver).


Em primeiro lugar, deixem-me explicar-vos uma coisa: o horário dito "normal" é o de Inverno, e não o de Verão, que tanto adoramos! Por isso, vocês não são contra a mudança da hora, vocês são a favor da mudança da hora! O Daylight Saving Time (o acto de adiantar o relógio uma hora em Março) foi criado para aproveitarmos melhor a duração natural do dia (o fotoperíodo) durante o Verão, sem termos de alterar as nossas convenções e rotinas ordenadas pelo relógio! E ouçam, eu adoro isso também! Nada melhor do ainda ter sol depois de um dia de trabalho! Sim, porque se não fosse a mudança da hora no Verão, estavamos todos a "papar" com o sol a nascer às 5 horas da manhã... Mas aqui, estamos todos de acordo... a "gaita" é quando vem o Outono/Inverno...

Mas quanto a isso, meus amigos, resignem-se ao facto de não viverem nas regiões equatoriais, onde o dia (leia-se, fotoperíodo) tem sempre 12 horas, seja qual for a época do ano!

A 40º Norte (ou Sul) estamos condenados a variar entre as 15 horas de sol no Verão e as 9 horas no pico do Inverno (mais precisamente a 21 de Dezembro)! Por isso, façam as contas... Se vocês, como os restantes mortais-não-ricos-que-têm-de-trabalhar-para-pagar-as-contas , trabalham 8 horas por dia e têm uma hora de almoço, ocupam o tempo com sol só neste período... Por isso, das duas, uma: ou vão para o trabalho de noite para ainda terem uma hora de sol ao fim do dia (e mantêm o horário de Verão); ou preferem começar o dia (acordar, tomar o pequeno-almoço, vestir os miúdos e levà-los à escola) já com claridade, aceitando que quando terminarem a "labuta" diária, o sol já se terá ido embora. Não há volta a dar, desculpem dar-vos esta notícia, a não ser que mudem de residência...

Há sempre formas de minimizar estas "dores", claro... e as que me ocorrem neste momento são:

 

#1 - Contratar a tarifa bi-horária no vosso fornecedor de energia eléctrica, ainda que não acreditem que faz sentido poupar e economizar recursos;

 

#2 - Obrigar os maridos a realizarem as tarefas diárias (desculpem o comentário machista, mas é mesmo para contrapôr o machismo deste comentário feminino que encontrei nas petições) e agradecerem o facto de não viverem na Noruega ou na Suécia, onde no Inverno só têm 4 horinhas de sol para fazer tudo;

 

#3 - Tomar uns suplementos de vitamina D, para compensar a falta de sol e terem menos tendência a deprimir (esta é mesmo a sério... está provado cientificamente que um complemento de vitamina D pode minizar isto, dado que esta é sintetizada pela exposição ao deus Rá);

 

#4 - Tentar convencer o chefe a trabalhar menos horas por dia durante o Inverno, compensando no Verão... ou então organizar umas Winter Sunset Sessions no trabalho (uma variante do Lusco-Fusco dos Gato Fedorento), só para se celebrar e ter a noção da partida do sol (tem a vantagem de animar a coisa no local de trabalho, e de se aperceberem que o sol se foi... até porque é a mudança abrupta de dia para noite que vos deixa depressivos, meus amigos);

 

#5 - Se querem controlar e proteger toda a vida dos vossos filhos, organizem-se para irem buscar os vossos filhos à escola, no final do dia... (até porque se estivessemos no horário de Verão, a diferença ia ser mínima)

 

#6 - Arranjem uma vida e façam petições de jeito, por causas que valham a pena...

 

e ele há tantas...

 

 

 

 

 

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Primavera Marcelista - o remake!

por FS, em 19.05.16

image.jpg

Hoje, à hora do almoço, deparei-me com isto quando fui à urbe. No caso concreto, já era esta localidade conhecida por ser a capital da pêra Rocha (do Oeste) e pelo vinho (algum dele bom) que produz.., não a conhecia tão afectuosa.

E com isto apercebi-me que a onda dos afectos presidenciais está a pegar! E eu por acaso gosto... Gosto dos afectos, da compaixão e de dias solarengos: todos aquecem a alma!

E ainda vou almoçar com mais ânimo, na esperança que a esbelta jovem que trabalha no Santander um dia me surpreenda com os afectos bombarralenses...

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Por alguma razão...

por FS, em 19.05.16

Sem Título.png

...existe uma idade para a reforma...

Quem insiste, dá nisto, sejam os carteiristas ou gestores de topo...

 

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Queria?... Mas já não quer?...

por FS, em 29.04.16

Dirigi-me ao balcão e pedi:

- Queria um café, por favor...

Não sei porquê, algo no sorriso do meu interlocutor fazia antecipar a resposta.

- Queria?! Porquê? Já não quer? - o sorriso rasgou-se, acompanhado de umas tímidas gargalhadas.

O meu, sorriso, desapareceu enquanto anuí, que sim, que continuava a querer o café, a bica, o raio do cimbalino!

Irrita-me esta piadinha fácil! A punch line de um stand up barato. Principalmente porque é uma questão de semântica, porra!!! É uma questão de educação! Eu passo a explicar!

Quando eu ou outra pessoa usamos esta forma verbal no pedido estamos a tentar ser educados, percebem? Estamos a tentar fugir da ordem directa, do imperativo e agreste "quero um café!" ou "dê-me uma bica!" Estamos, no fundo, - e pasme-se - a tentar mostrar respeito por quem nos está a atender ao balcão. Dá para perceber o conceito? Espero que sim...

Agora desculpem, que vou bebê-lo antes que arrefeça... ;)

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Sinais dos tempos

por FS, em 22.02.16

fotografia2.png

 

Noutros tempos, os meus pais ensinaram-me que se encontrasse algum objecto perdido o devia entregar às autoridades, nomeadamente à polícia. E na altura, nas décadas de 70 e 80, os policias, homens grandes (principalmente no abdómen) e de faces rosadas (provavelmente do sol que apanhavam no "giro", digo eu na minha inocência provinciana), pegavam naquilo, davam-nos um afável calduço e diziam "muito bem, rapaz! Assim é que é!"

E a coisa era frequente, pois o mais comum era um de nós esquecer-se da mochila algures durante o regresso da escola, principalmente se jogassemos à bola num qualquer "quintal" a caminho de casa.

E os colegas que moravam fora da cidade? Quantas mochilas seguiram calmamente nos transportes escolares até às aldeias vizinhas? Perde-se a conta...

 

Mas hoje em dia, por ser sintoma de grande urbe ou por mania de nos sentirmos dignos de uma ataque do Daesh (que eu duvido até que os senhores do Estado Islâmico saibam onde fica Sete Rios e da sua real importância geoestratégica para o mundo cristão), esquecer uma mochila dá direito a parafernália das minas e armadilhas da PSP...

 

Eu prezo a segurança como qualquer outra pessoa, mas se isto pega moda, a "diversão" da idade do armário vai deixar de ser ligar para o 112 ou para as "praças de táxis", e passar a ser deixar mochilas com carcteres islâmicos espalhadas pela urbe... ;)

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Ontem um jovem de uma das equipas que coordeno foi pai. Momento único na vida de qualquer pessoa.A vida muda bastante, quer queiramos, quer não.

 

Ainda assim, a fase de trabalho que esta equipa atravessa é complicada, e lembrámo-nos de ir buscar um reforço a outra equipa mais desafogada, pelo menos para estes 10 dias de licença parental.

Como qualquer "boa casa" gerida por jovens septuagenários feitos a pulso, nada se faz sem o consentimento superior.

Ora, sabendo disto, eu e a chefe dessa equipa fomos fazer a proposta ao chefe.

 

- Pois, hoje o João foi pai... - informo.

 

- Parabéns! Realmente temos de lutar contra o envelhecimento da população. - responde com um sorriso genuíno no rosto.

 

- Pensámos em ir buscar alguém a outra equipa, porque não vai estar nos próximos 10 dias. - continuo.

 

E automaticamente paro o discurso com a mudança súbita no semblante do chefe. Bicos da boca para baixo, como dizia a R quando era mais pequena. E sai-lhe a seguinte pérola:

 

- Dez dias? Mas porquê?! O rapaz é que vai amamentar a criança?

 

Ora, eu poderia agora tecer aqui toda uma dissertação acerca do momento em questão, enumerar uma série de argumentos em relação a direitos laborais adquiridos ao longo de gerações e gerações, e inclusivamente abordar o tema da importância da parentalidade e da felicidade dessa condição... Mas não vos quero maçar com o óbvio, apenas lembrar que "eles*" continuam aí.

 

 

* "eles" - com esta denominação, o autor pretende referir-se a uma série de pessoas que parecem ser indiferentes ao que se passa ao seu redor, excepto quando lhes toca a eles ...um género que deveria estar extinto há pelo menos 2 gerações, mas que continua a gerar espécimens nos dias de hoje, altivos na sua postura e magnânimes nas suas doutas e acertadas convicções chauvinistas e ultrapassadas.

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Fui às berças...

por FS, em 10.02.16

Regressei às origens no fim-de-semana.

Uma fotografia partilhada no Facebook, documentando folias passadas na companhia de um dos meus melhores amigos, despoletou em mim uma série de reacções químicas e fisiológicas.

Uma sensação nostálgica de conforto e de felizes histórias passadas inundou a minha mente. Uma vontade de rever aquela gente, e de sentir o calor e o afago da sua amizade, apoderou-se de mim, alguns deles figuras presentes na minha vida há mais de 35 anos (e ainda "só" levo 42 disto). Foi uma espécie de "chamamento" às berças.

E depois de alguma negociação (e imposição) em casa, peguei nos miúdos e rumei a Oeste, numa viagem de quase 2 horas na companhia de uma animada Calamity Jane e de um pequeno Jack Sparrow, ébrio mas de sono.

 

Entregues aos cuidados da avó paterna, viram o pai sair de casa para ir jantar com os amigos nuns preparos bizarros, para deleite da R e incredulidade do S.

E a noite de folia acabou por se tornar em tudo o que prometia ser. Foi mais um reencontro de amigos que mesmo estando temporadas sem se ver, retomam as conversas com uma naturalidade incrível.

Por entre cabeleiras, lantejoulas, brilhos e música, houve espaço para riso, para excessos, desabafos e até para lágrimas (potencializadas pelo álcool, claro!). Lágrimas de felicidade, claro!

 

E é bom ouvir, dias depois e já com a devida lucidez, que os mesmos votos se mantêm e que “estamos cá, seja qual for a tua decisão”…

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Vitórias morais

por FS, em 22.01.16

Não sei se é por ser sportinguista, mas tenho a vida preenchida de vitórias morais. Há muitos campeonatos "quase ganhos". Muitos jogos que "merecia" ganhar.

 

Cheguei a essa conclusão há uns tempos. Demasiados "podia ter feito isto" e "podia ter decidido aquilo, mas não fiz".

 

Coisas do género de "sei que me vou arrepender desta decisão, mas tem de ser..." Se sei que me vou arrepender, porque raio é que hei de tomar essa decisão, então?

 

No more, I say to you... No more!

 

Pelo menos no que diz respeito à minha felicidade!

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A festa de Natal

por FS, em 17.01.16

Foi ontem, a da minha empresa!

Fazendo jus ao mote "o Natal é quando o homem quiser", quase no Carnaval, fizemos o jantar de Natal!

E no fundo foi um Carnaval, comigo vestido de palhaço!

Estava eu pronto para atacar nos bifes de peru quando o chefe se chega ao pé de mim e pergunta:

 

- Francisco, a Dona X adorou os bolos para a sobremesa. Será que consegue projectar as fotografias que ela tirou para se eleger o mais bonito?

 

Eu não acredito! Vou começar a jantar e querem que eu em 30 minutos passe as fotos do iPhone 6 da senhora para um computador, os coloque num PowerPoint, os identifique e os projecte?!

Sim, querem, Francisco! Querem, e pela insistência, querem muito!

E o Francisco larga o repasto, e a companhia (lindíssima) que tinha à mesa, e vai bulir no meio da festa para satisfazer o capricho da senhora...

Palhaço...

Quem pagou com a minha má disposição? A minha Princesa, claro... :/

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Jocasta não descansa...

por FS, em 06.01.16

Ontem ao almoço um amigo desabafava... Na verdade, desabafávamos um com o outro as nossas mágoas e dissabores, para variar da boa disposição contagiante que costuma reinar nos nossos encontros.

Mas ontem o M, de quem já aqui vos falei, contava algo sobre a relação da sua mãe com a sua namorada:

 

- A minha mãe anda encantada com a A... São do mesmo signo, sabes? E agora usa essa ciência exacta que são os signos do zodíaco para enumerar e fundamentar uma data de semelhanças entre ela e a A... Achas normal?

- Se calhar está a tentar aceitar o vosso relacionamento e a ser simpática... Tu próprio dizes que a tua mãe é muito controladora e que nada a satisfaz no que diz respeito aos seus filhos... Se calhar está a tentar mudar... - respondi.

- Pois... Mas as comparações são tantas e tão frequentes que por vezes dou por mim a olhar para a A e a ver a minha mãe... Imagina o que isso faz à nossa intimidade...

 

Calei-me... A ideia era demasiado aterradora! Jocasta quando é má, é má... Mas quando tenta ser boa, é pior ainda!

Pobre M!

 

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